4 de março de 2011

Let It Be by Me por Cube

i carry your heart with me

i carry your heart with me(i carry it in
my heart)i am never without it(anywhere
i go you go,my dear; and whatever is done
by only me is your doing,my darling)
i fear
no fate(for you are my fate,my sweet)i want
no world(for beautiful you are my world,my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you

here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life;which grows
higher than the soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart

i carry your heart(i carry it in my heart)


e.e. cummings










Let It Be by Me por AndréGift

Não sei por onde começar e, na verdade, nem o que dizer sobre esta nova música...
"Let it be by me" tem ritmo (não me parace que vá faltar ritmo a alguma música desde disco), mas não entra a "matar". Nos primeiros segundos fica-se à na ânsia do que virá a seguir....e o que vem a seguir é uma forte batida, com a voz da Sónia e do Nuno (penso) sobrepostas, mas em perfeita harmonia. Não é a minha favorita, mas de vez em quando vai saber bem ouvi-la. Registo negativo para o facto de a música ser sempre muito parecida, falta um refrão (ou toda ela é apenas um refrão)....







Let It be by Me por Mariana Oliveira










Let It be by Me por Keep Breathing

OK, vou tentar não voltar a falar da falta que a voz da Sónia me faz… Vou recalcar esta mágoa e procurar analisar esta “Let It Be by Me” com um mínimo de objectividade...

Esta música será a primeira do álbum, o que quer dizer que, depois do single “RGB”, é o cartão de visita deste “Explode”. E é um bom cartão. Porque, de facto, mostra claramente a transição dos The Gift para uma nova fase. Talvez esta seja mesmo a música onde melhor se detecta a mudança de um registo mais sereno, com que a música começa, para um outro, mais nervoso, com que a música termina. Esta é a música onde escolhemos, de facto, quais são os The Gift que preferimos: os do passado ou os do presente?

Não que no passado não houvesse, nos álbuns da banda, músicas mais vigorosas. Sempre houve e, ainda bem! Os The Gift sempre foram ecléticos e foi, aliás, exactamente por isso que se tornaram a minha banda preferida. Mas havia aquele fio condutor electro-pop mesmo entre os lados AM e FM, onde músicas como a “Red Light” ou a “You Know” eram a excepção, não a regra… Porque mesmo o lado FM era tudo menos cru, tudo menos frio…

Agora temos um fio condutor diferente. Esta “Let It Be by Be” mostra-o bem: o fio continua a conduzir electrónica, continua a conduzir pop, mas conduz agora com mais agressividade, com mais urgência, com menos cuidado, com menos imaginação… Parece-me que esta música nos mostra logo um álbum FM, mas onde não caberia uma “Front Of”, uma “1977”, uma “Pure”…

Em 2008, os Portishead lançaram o álbum “Third”. Quiseram inovar, fazer ouvir a bateria, passar do trip-hop para algo mais rockeiro, retirar protagonismo à extraordinária voz da Beth Gibbons (recalca!)… Conclusão? O “Dummy”, álbum lançado 14 anos antes, continuou unanimemente a ser considerado a sua obra-prima… Nessa altura, preferi os Portishead pré-“Third”. Também agora prefiro os The Gift pré-“Explode”. A minha escolha está feita.





Let It be by Me por SoFree


Bairro Alto.

De onde vim minutos antes de fazer refresh e encontrar uma nova música. E que me levou de volta ao Bairro. Ouvi a música uma vez e não me disse muito. É uma introdução, é certo.. e abre portas àquilo que já conhecemos como o fio condutor deste álbum. É upbeat, good feel. Mas não "explode" nenhuma emoção em particular como as restantes já conhecidas.

It's just a matter of you and I in different times...

A letra é curta e simples, mas diz-me muito. Adoro a melodia (já me estou a contradizer com apenas uma segunda audição?). Fez-me lembrar uma imagem que dediquei uma vez à In Repeat. Mas é uma imagem que realmente sinto adequada ao ambiente que a música me faz recordar. E faz recordar o tempo passado com amigos distantes, reencontrados por um breve instante, um jantar, um copo... mas que guardamos na memória com imensa estima.

Gosto do som deste álbum. Gosto da alma deste álbum. Estamos quase a meio e já perdi o medo de um dia ouvir "Nice & Sweet – A Vingança".



Let It be by Me por Jumpman

Ouvi umas quantas vezes a música que será a nº1 do alinhamento do álbum. Para mim, fica ali numa zona de ninguém, nem carne nem peixe, nem sei muito bem o que pensar, tendo até pensamentos contraditórios em relação à própria música.

Pelo que tenho lido nas reviews às músicas anteriores uma das maiores "críticas" é que a voz da Sónia está abafada ou menos presente, digamos assim. É uma questão válida e levanta a eterna discussão se a vocalista faz a banda ou vice-versa. Eu tenho gostado de ouvir este novo caminho da banda já que acho que a evolução faz bem às bandas e de vez em quando gosto de ver as bandas saírem um pouco da sua zona de conforto. A capacidade de nos reinventarmo-nos está em cada um de nós e para isso é preciso coragem.

Mas parte de mim é um "purista" pois gosta, não desculpem, adora as melodias do Vinyl e do Film e as do AM-FM também. Nesse aspecto, sinto falta da voz poderosa, não o nego. E aí chegamos a esta música. A mim não me convenceu. E agora já estou a ouvir alguém a dizer, "se nesta música a voz da Sónia está presente do que te queixas pá?". Eu avisei que eram sentimentos contraditórios..

Gosto do começo da música, mas a certa altura começa a haver muita coisa metida na música e na minha opinião perde-se um pouco.

Não sei, não me entra..

É a minha música menos favorita do álbum até agora. E curiosamente é a primeira do alinhamento. Penso para mim que sensação teria ao começar a ouvir o CD e fosse esta a primeira música que ouvia..

Nesta tenho mesmo vontade de dizer, "Deixem jogar o Mantorras!"








Let It be by Me por Crisanto

Engraçado como na noite de” lançamento” da música, ouvi-a e não a achei nada de especial. Hoje ouvi-a novamente sem nenhum preconceito e agarrou-me. (reparem na palavra preconceito)

A impressão digital da banda está tão entranhada que tenho alguma dificuldade em estar de mente aberta. Mas esperem, não somos nós que queríamos ser surpreendidos, não queríamos algo de diferente? Não queríamos que a banda se reinventasse? Quando o fazem, quando cortam laços com o passado, nós reclamamos.

Para mim a “Let it Be by ME” é:
Berrar
Partir
Correr
Revolta

A cada audição sinto-me mais próximo da raiva que a música me transmite. Expulsa fantasmas, ressuscita-nos. Dá-nos vontade de começar uma nova vida, refazer tudo. Uma grande musica que vai ter melhor resultado em mim quando estiver fulo com a vida.
Uma música agressiva, zangada e menos melodiosa. Gosto de músicas assim, que têm mau feitio.

Tiago toma o controlo da tua vida! Porra!




Let It be by Me por Even_Flow

Let it be
(By me)


Já quando me referi à RGB falei na facilidade com que hoje em dia a música chega até nós, graças à existência quase infinita de opções. Entre redes sociais e canais de vídeos, downloads gratuitos (uns mais e outros menos), é fácil dispersar. Mais do que nunca penso que aquilo que faz a diferença numa banda ou música, são os pequenos detalhes. Uma espécie de marca registada que se identifica em poucos segundos e que distingue aquela música de outros milhares que vagueiam por aí. É essa originalidade e autenticidade que induz uma subsistência e que marca a diferença entre um HIT e algo que fica, entre um single que toda a gente canta e um concerto a que toda a gente vai. São cada vez mais raras as bandas que conseguem ir para lá de grandes produções de marketing e de modas. Essa identidade acaba por ser aquilo a que nos afeiçoamos e é essa identidade que procurámos quando sabemos que a banda x ou y vai lançar um novo disco. É complicado agradar ao público, claro. Se não há evolução é porque não há evolução, se há evolução a mais é porque há evolução a mais. O equilíbrio que tem de se encontrar entre manter a identidade e não ficar «stuck» é incrivelmente difícil de conseguir e para prová-lo estão os milhares de bandas que têm um grande primeiro álbum e depois afundam-se.

Ora os Gift não são uma banda que apareceu há um ano ou dois. Passaram o teste de um primeiro álbum arriscado, de um segundo que confirmasse, de um terceiro que evoluísse e de um quarto que reciclasse. Ao quinto álbum, ou quarto de originais, já se estabeleceu aquilo a que se chama o “público fiel”, que é o mesmo que dizer que as pessoas compram o álbum antes de ouvirem os singles e nem sequer põem em hipótese não ir a, pelo menos, um concerto da banda. Os mesmos que, neste caso particular, esperam ansiosamente por receber a próxima música no e-mail. Eu considero-me parte dessa massa não identificada.

Mas desde a primeira música que me surgiu um certo desconforto. Isto porque aquilo que para mim, se não na tonalidade, pelo menos em grande parte, dava corpo e alma aos Gift, aquilo que mais me movia e fazia arrepiar, era a voz da Sónia. Única, forte, suave, agressiva, encorpada, envolvente. O, fazendo aqui uma pequena metáfora vinícola, terroir. Claramente que não é o terroir que faz o vinho e não é a sua distinção que implica uma qualidade maior ou menor do produto final, necessariamente. Ou seja, este novo álbum dos Gift não é, de todo, mau. E não é que eu não goste dele (ou do que conheço até agora). Até gosto bastante. Mas para o apreciar em plenitude, tive que me abstrair (ou tentar) desse terroir que procurava e pensar nele como um novo vinho, um que nunca bebi antes. Pode ter uns taninos que me soam vagamente a algo que já conheci ou bebi em outro lado, mas o corpo é, indubitavelmente outro. É uma espécie de renascimento, então.

São estas as minhas cores preferidas? Não.
Mas se calhar está na altura de deixar de olhar para trás e abraçar o presente.
Por tudo isto, não digo “welcome back”. É mais um “nice to meet you”.
Cheers!







Let It be by Me por Geminus

É só uma questão de me faltar novamente a voz da Sónia para que tudo voltasse a ser perfeito. Cru não é necessariamente sinónimo de vozes constantemente indefinidas. Não é razão para esconder a voz que tantas vezes é cobiçada.

Desculpem o meu egoísmo, mas hoje vou sentar-me no canto à espera de ouvir o chamamento da vossa voz…




Let It be by Me por Marcos

Quinto dia. A viagem está a meio. “Let It Be by Me” é a faixa de abertura de “Explode”. Faz todo o sentido que o seja. Ao longo dos 5 minutos (e alguns segundos) de duração, sente-se um crescendo. Agrada-me. Cresce, cada vez mais. No entanto, os arranjos vocais soam-me repetitivos. Não há nada de mal nisso. Mas não crescem ao mesmo ritmo da melodia. A canção continua a crescer. Parece que a qualquer momento pode atingir o clímax. Cresce. E cresce, Um pouco mais. A voz cala-se. A bateria assume o protagonismo. Caminha para o ponto fulcral. Termina. Cala-se tudo. Fico em suspenso. Quero mais. Quero ouvir a faixa seguinte. O alinhamento de um álbum é uma narrativa. E, por isso, sinto que o que segue “Let It Be by Me” fará todo o sentido. Quero ouvir mais!



Let It be by Me por LaFolie

Os meus problemas.

"É natural que os outros tenham sempre razão, pelo simples facto dos outros serem cinco biliões (ou lá o que é) menos um e de eu ser apenas esse um. Ser influenciado é assim um reconhecimento da nossa pequena participação no mundo e da riqueza interminável desse mundo; é um acto alegre de humildade; um sinal enérgico de dependência humana"
Miguel Esteves Cardoso.


Confesso que ontem à noite estava chateada, furiosa por assim dizer.
Estava a gostar tanto do álbum, das músicas que estava a receber, tanto desta experiência…mas depois chegou a My Sun...
Ao ler o que o SoFree comentou sobre o que tinha escrito, pensei muito, pensei mesmo. A My Sun soou-me a Arcade Fire, é verdade, mas o problema não estava aí. Eu gosto dos Arcade, e acho a My Sun uma boa música. Aquela piada sobre o Ipod era só uma forma de introduzir um pouco de humor no blog. Acho que falta humor neste nosso mundo.

O problema não estava aí.

Pensei muito na questão do alinhamento e do facto de receber uma música por dia, ainda por cima sem seguir o alinhamento original do álbum. Pensei muito nesta nova forma de ouvir um álbum. Por exemplo, sei que hoje vai haver milhares de pessoas a ouvir a mesma música num mesmo momento, isso acontece todos os dias, é verdade, mas não da mesma forma. Eu estou ali no meio dessa multidão a fazer o mesmo. Se isso é bom ou mau, não sei bem. Se calhar não gosto de fazer parte de multidões. Eu gosto de individualidade, a não confundir com individualismo.

Os the Gift estão a mostrar-me um caminho para este álbum, caminho esse que tenho obrigação de seguir, não tendo outra hipótese. E se não me apetecer ouvir a My Sun depois de ter descoberta a Mermaid? A primeira audição de um álbum é fundamental para mim (em quase todas as vezes vai formar a minha opinião sobre o mesmo). Aqui, a escolha não é minha. Não sou eu a decidir onde e como vou ouvir a música. Estou a ouvir cada uma das músicas em casa, frente ao computador e por volta da meia-noite. Isto tudo está a formar a minha opinião sobre o álbum.

Foi aí que pensei que tinha dificuldade em deixar-me ir. Nunca fui uma pessoa de preconceitos sobre o que quer que seja, não gosto disso, aliás odeio os preconceitos. E aqui estou cheia de preconceitos. Eu quero ouvir o álbum que já estava na minha mente. Eu já o tinha imaginado antes dele sair. Tinha que estar lá aquilo que gosto nos The Gift. Queria ouvir a voz da Sónia poderosa, como muitos de nós.

Ouvi ontem à noite a Let it Be By Me.
Primeira reacção: Ok, não está lá a voz da Sónia. Não me apetece ouvir mais. A minha opinião sobre a música já estava formada antes de dar qualquer outra oportunidade. Será que com outra banda, teria feito o mesmo? Muito provavelmente. Mas aqui não se trata de outra banda qualquer. O problema é que os The Gift foram durante muitos anos a banda sonora da minha vida, e eu desejo que este álbum o seja também. Lembro-me o que escrevi sobre a The Singles. “O Nuno consegue levar-me por onde eu não quero ir.“ Será que é mesmo verdade?
Foi então que decidi ouvir novamente a Let it Be by Me. E não é que adorei? Despida de todos os preconceitos que tinha sobre o que EU queria ouvir neste álbum. O dia estava lindo. Às vezes não devemos pensar muito.

Com Explode não devemos partir à descoberta, se nessa procura já temos a ideia do que queremos encontrar.
É só deixar-nos ir.

Nota para mim: Isto é só um blog, isto é só musica.