1 de março de 2011

The Singles por Crisanto

Finalmente.

Hoje sorri, e não consigo deixar de sorrir. Hoje não vou falar muito sobre a música, vou deixar que falem por mim. Este texto não de alguém fâ de Gift, ouviu a música uma só vez e de forma seguida. Isto foi o que o que sentiu:
" esta musica transportas-nos para uma realidade que poucos têm a noção que sequer pode existir... um grande amor...parece meio lamechas...mas existe....é uma mistura de tudo...de melodia diferentes, de sentimentos diferentes e de duas pessoas que se juntam na perfeição... esta musica é isto: originalidade, sentimento, é garra, é paixão, é amor, é transparente e é humor e leva-me ao lugar e ao momento onde tudo pode acontecer ao mesmo tempo e se percebe que podemos fazer TUDO quer o mundo goste ou não... o que interessa somos mesmo nós” by SJ

Finalmente. A transição foi feita…e de que maneira…Singles é a prova disso.
É algo para ouvir numa boa aparelhagem, beber um bom wiskey e apreciar. Estou muito feliz.

Faz-me feliz, faz-me bem. Faz-me assim sempre. Obrigado SJ.




The Singles por SoFree

Que estranho este som... Uma composição de melodias geniais, repletas de uma nostalgia que não consigo descrever. A nostalgia de um verão que não vivi, talvez. Esta música soa-me a um cigarro num bar solitário, as recordações saudosas de tempos idos. Melancolia interrompida por momentos de euforia... Mas é então que se me revelam os verdadeiros autores destas memórias: a própria banda.

É curioso, em duas músicas, notar como principal característica os diferentes andamentos. Adoro os sintetizadores que abrem a música. Adoro a melodia... Mas o que vem a seguir, perto dos 3 minutos e até meio da música... é lindíssimo. Não percebo como esta parte não teve uma música só para si e, ao mesmo tempo, compreendo perfeitamente. É aqui que me sinto no conforto de um qualquer lugar familiar. Mas que melodia genial...

Corte brusco. PUM!

Os 3 minutos seguintes contrastam o sentimento anterior, trazem agitação e sensação de descoberta... mas são os minutos finais que nos trazem a euforia dos bons tempos vividos. É nesta parte que mais sinto a banda, o pedaço mais forte que entregaram até hoje, talvez. E é também a parte que me leva de volta à nostalgia de um tempo feliz que não foi o meu, mas que faz lembrar os meus.







The Singles por Jumpman

Segundo dia, segunda música. Surpreende-me o tamanho da música, confesso. Já tínhamos tido músicas compridas mas isto era algo novo. Apresso-me a ouvir a música, a curiosidade é imensa. A primeira impressão a ouvir os primeiros segundos é que segue a linha da RGB. Nada que me espante. Nos primeiros minutos dei pelo meu pé a mexer ao som da música e imaginei um dia de solarengo qualquer passado em boa companhia a ouvir esta música. Algo que a RGB já me tinha deixado a pensar. De repente a música abranda, e dou por mim a prestar mais atenção. Gosto desta parte, chamo-lhe a "papercut". Esta parte dá-me outra perspectiva, um conforto como se um velho amigo tivesse regressado. Por momentos revejo um pouco os antigos The Gift, a voz da Sónia mais limpa e directa. Gosto muito desta parte, gosto das sensações que ela me transmite. E enquanto apreciava esta parte mais calma e melancólica, a música entra em mutação novamente, um registo um pouco mais psicadélico à falta de melhor palavra. É uma montanha russa, e ainda vou a meio da música.

A mescla de estilos é positiva, põe-nos atentos ao que vem de seguida. Mais uma parte um pouco mais melancólica e de repente lá vamos nós outra vez para o "psicadélico" e voltamos aos acordes do início. Estamos perto da "meta", volto a ter na mente ouvir esta música e a dançar ao ritmo dela rodeado por gente especial. Num momento passam-me todos à frente dos olhos. Good times, penso eu. E de repente, stop!

É um misto de sonoridades diferentes, umas combinam bem outras não sei bem. Fico também com a ideia de que cada parte desta música, poderia ser divida em músicas individuais e não ficaríamos mal servidos.

Existe ainda um sentimento agridoce à volta destas novas músicas, gosto mas também tenho aquela pulga atrás da orelha. Quero descobrir mais, estou ansioso por ouvir mais.

Venha a terceira experiência amanhã. Cá estarei à espera.





The Singles por Marcos

Explodiu. Outra vez. Faço download. A ansiedade não é menor. O entusiasmo é o mesmo. Maior, talvez. Play. Ei-la: “The Singles”. Ouço os primeiros segundos. Penso: isto soa-me a algo familiar... Penso... Faz-se luz! Recordo-me de ouvir estes mesmos acordes no documentário emitido pelo The Biography Channel. Sim, é isso.
“The Singles” começa envolta num festim de cores. Entretanto, um pouco mais adiantte, o registo altera-se. Não acontece só uma vez. São várias. É assim que vive este tema. Uma viagem através de diferentes universos. Diferentes cores. Diferentes caminhos. Diferentes atmosferas. “The Singles” tem tanto de esfuziante como de introspectivo. É, basicamente, uma colectânea de diversas linhas melódicas, mas isso não significa que não seja coerente, porque o é.
Stop! Pára tudo! A duração total desta faixa é nada mais nada menos que 12 minutos e 21 segundos. 12:21. Uma capicua. Uma dúzia de minutos que nos embalam numa viagem por tantos universos sonoros. Uma experiência única.
A viagem termina com os mesmo acordes que começou. Um regresso à origem. Sabe bem voltar a casa depois de uma viagem... É costume dizer-se: música para os meus ouvido. E se o é...!

Amanhã há mais!


The Singles por Cube

The Singles

Se em RGB tínhamos as cores primárias a mostrar com que linhas se tecem a nova sonoridade, neste The Singles temos uma canção “quase instalação”, com diversos andamentos, e várias cores secundárias quentes (amarelo, laranja, rosa, …). Contudo, pelo meio desta profusão de tons torna-se difícil encontrar o busílis da canção; aqui, o less is more não tem lugar.

É mantida a vontade de desbravar por novos trilhos, escapar do lugar seguro a que ambas as partes (banda e fans) se habituaram ao longo de quase duas décadas e percepcionam-se novas influências (para os mais atentos, MGMT é dos nomes mais palpitantes neste tema).

A história está repleta de acontecimentos que no seu presente causaram estranheza mas que anos mais tarde foram comummente aceites; em 2011 estamos perante um desses acontecimentos. E se hoje, estes temas causam estranheza tanto a mim, como a tantos outros, é provável que daqui a uns tempos já tal não suceda. Afinal, estamos na terra do slogan mais certeiro para um determinado refrigerante americano.




The Singles por Even_flow

Give me please twelve minutes of everything


Seja qual for a forma de arte que se senta em frente a nós, procurámos sempre a ideia que está por detrás, mesmo que inconscientemente. Pode ser mais específica, uma mensagem, uma linha orientadora, uma descoberta. Pode ser mais abstracta, um coração que bate mais depressa, um sentimento que preenche e nos inunda, toma conta de nós, destrói-nos ou faz-nos renascer. No fundo, uma experiência. Algo que nos liberte um pouco da monotonia dos nossos pensamentos e momentos mundanos e nos dê algo mais.

A música é a tela que expressa esse conceito de forma, talvez, mais visível, mais do que qualquer forma de arte. Há uma identificação quase imediata, aos primeiros segundos a ligação começa a existir. É um processo curioso e complexo de explicar, essa, muitas vezes, magia de um acorde ou nota que nos toca em algo lá dentro, mexe, espicaça. E embora cada pessoa tenha a sua própria viagem e construção, o que está por detrás, aquilo que eu gosto de chamar A ideia, acaba por ser universal. É esse o poder da música, a meu ver, e todo o seu encanto. Essa capacidade de transformar e tocar algo semelhante em milhares de pessoas, em qualquer canto do mundo. Alheia-se de etnias, formas, sabores, climas, é como que uma linguagem mais primordial que a própria verbalização.
Foi-me difícil estabelecer uma ligação com esta música nº 2 (ou 5º, se quiserem ser mais politicamente correctos). Talvez porque, em boa verdade, não me parece sequer possível chamar-lhe uma música, já que essa ideia, essa intenção, não existe como força unificadora. Ou se existe, eu não assim a senti.
Sabem aquela ideia, que será um mito ou não, de que quando morremos vemos a nossa vida a passar em pequenos flashes desconexos? Foi algo semelhante a isso que eu vivi(bom, tirando a morte propriamente dita, obviamente), uma panóplia de mini-ideias aleatoriamente (ou não) organizadas, que pouco pareciam ter a dizer umas às outras. Não deixa de ser um conceito interessante e inovador, musicalmente.
Fazendo uma metáfora culinária, é como que ir a um bar espanhol e encomendar o menu de tapas de degustação do chefe. Há, à partida, uma lógica de selecção, mais ou menos óbvia e há, depois, um conjunto de mini viagens gastronómicas. De umas gosta-se muito, outras até se pensa em transformar num prato principal e em outras pensa-se que foi bom o prato ser tão pequeno. O mesmo se passou aqui: houveram segundos deliciosos, que saboreei devagar e outros em que, impacientemente, esperei pelo próximo.
A grande diferença entre a música e a comida é que a satisfação alimentar é menos emocional ou profunda, por mais complexo que seja o prato em questão.

O meu balanço final é pouco coeso. Não houve tempo nem espaço para criar uma ligação com nenhuma das partes «individuais» e muito menos para com a música em geral. Foi uma experiência sensorial interessante, em todo o caso.
Doze minutos acabaram por ser demais…ou de menos.




The Singles por LaFolie

A porta de casa está novamente aberta

12 minutos ? 12 minutos ? Ninguém faz uma musica de 12 minutos.
Quem é que tem paciência para ouvir uma musica com 12 minutos ? Eu.

Início da música. Estamos noutra onda. Hoje sei que os The Gift são diferentes. Evoluíram. Porque é que não consigo adorar a primeira ? Será que sou eu que não evoluiu ? Será que sou eu que parei no Film e não passei disso? Faz de mim uma pessoa sem vontade de evoluir?

They said i can change their lives so why can´t i change mine.

Pára tudo. O Ar entrou nos The Gift... Gosto cada vez mais. Estou a evoluir. Revejo a voz da Sónia que me fez tremer, chorar, viver. Afinal ainda esta viva, a Sónia e a voz dela. Mas o que é esta explosão ? Também posso cantar com o coro ? Apetece-me.

É uma GRANDE musica. Agora já sei, já sinto. A Actriz esta lá. Os The gift estão a entrar novamente em minha casa. A porta está aberta, sempre esteve. Se calhar eu é que decidi por altura fecha-la. Há ali uma mistura de emoção que me agrada.
Uma coisa é certa, ao nível musical o Nuno Gonçalves consegue levar-me por onde eu não quero ir. Vou quase de olhos fechados, sem o querer. Não estava a gostar e agora estou a adorar. Como é que ele conseguiu ? Demasiado bom. Mesmo.
A porta está aberta novamente.

Entrem por favor.




The Singles por Geminus

Que belo início. Que ritmo alucinante que me arranca um sorriso... Mas acaba por ir desvanecendo.

É verdade que é inegável a qualidade do tema, mas para mim trata-se de uma música demasiado longa e algo confusa, que poderia facilmente ser esquartejada e originar singles geniais. A junção torna-se em demasia e acaba por não se apreciar a beleza das melodias “individuais”…

Acho que precisava mesmo de amadurecer.



The Singles por keep breathing

Esta não é uma crítica a uma música, mas a cinco (seis?) músicas diferentes. É uma crítica a uma banda sonora. Num filme, cada uma destas músicas teria um momento para ser incluída. E umas exigiriam close-ups, outras encaixariam com planos distantes...

A primeira música tem 2 minutos e 18 segundos e parece-me ser indie-pop da moda. Com que isso tem de bom e de mau. Ouve-se muito bem, faz-nos sorrir. Mas continua a faltar qualquer coisa… Quero sentir aquele vibrar interno e intenso que a maioria das músicas dos The Gift me provoca! Mas não sinto… ainda?

A segunda música dura até aos 5 minutos e 48 segundos. E finalmente começo a sentir-me em casa! O meu coração acalma à medida que a voz da Sónia – finalmente! – se impõe. E impõe-se sem explosões. Percebo, então, que sou eu que não preciso de explosões... Quando ouço uma música, ouço-a com as minhas circunstâncias. E as minhas circunstâncias pedem mais músicas como esta… Pedem mais FM e menos AM... Mas aqui e agora estou completamente sintonizada com a banda. Obrigada, The Gift!

A terceira música prolonga-se até aos 8 minutos e 8 segundos e, depois de um início abrupto de que não gostei muito (aliás, acho que também foi o início estranho com que mais antipatizei na RGB ontem…), volto a sentir-me novamente em sintonia. Durante mais um minuto e meio parecem voltar à segunda música e são – mas sem dúvida! – a MINHA banda.
Nova mudança brusca de direcção. E eu volto a franzir o sobrolho. Mas se iam tão bem…?! Esta nova música é curtinha, apenas 1 minutinho, até aos 9 minutos e 3 segundos. Até é engraçada – mérito total da voz da Sónia!

A quinta música dura apenas uns segundinhos. Até aos 9 minutos e 45 segundos. E volta a viver da voz da Sónia. Esta música com outra voz…

E chegamos à sexta música. Que é a primeira. E eu e as minhas circunstâncias também pedimos um FM diferente, acho… Pop, sim. Feliz, sim. Colorido, sim. Mas a ir mais além, a fazer-nos querer ir mais além, a puxar por nós. A música dos The Gift sempre puxou por mim. Amanhã puxam por mim?





The Singles por Andrégift

É inevitável fazermos comparações com outros discos dos The Gift. Quando me apercebi da duração de "The Singles", veio-me logo à mente a So Free (Film), mas depois de a ouvir vi que nada tem a ver com esta música. "The Singles" são várias músicas inseridas numa e o resultado soa estranho. Não vejo esta música a ser tocada ao vivo, penso que não funcionará e não atrairá o público. Com tantas oscilações, tantos ritmos...é-me difícil de encaixar, por enquanto...pois ainda só ouvi 4 vezes!!!

Mas a banda sempre se pautou por arriscar e fazer novo, melhor que o anterior e, deste modo, estão de parabéns. Se "The Singles" fosse a última música a ser apresentada talvez não soasse tão estranho, mas depois do grande RGB, parece difícil de encaixar...Vamos esperar pelo dia de amanhã para ver que Gift nos vai sair. :)